quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

(O Silêncio do Trovão)

Pedra que.
Barco quando.
Espuma nascendo do gênio do mar.

Âncora prende o barco
Natureza comporta a pedra
Pergunto-me se a imobilidade existe ou aparenta

Vejo e não distingo se:
Sou mais barco
Ou mais pedra?
Repouso equilibrado
Ou paciente firmeza?

Sei que desejo ser outro  - por não saber quem sou
ser água do mar e vento
Se possível for, ao mesmo tempo

Neste instante e já há algumas horas
Atrás da bruma, estou. Após o trovão.
Verde morte, sou
Que a tudo observa e sente

Sou um ponto verde em meio ao mar
Vejo-te no fundo do oceano e na estrela brilhante
A cada instante sou o ponto de Encontro do oito infinito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário