domingo, 16 de janeiro de 2011

O antinflamatório da vida



Ele pára. Nega-se a fluir com a natureza por pura desidentificação. Inflamam-se pensamentos,  espírito,  alma e, finalmente,  garganta. Pobre coitado! Mas, forte. A inércia é o que se apodera de um ser humano ao vislumbrar sua fraqueza . Não todo, mas algum, cansado. O tempo passa devagar e depressa.  Já não se sabe passando ou parado. E o danado é que, mesmo com ajuda, muitas vezes  se sente sozinho, parando e passado. É fio, assobio e passarinho.
A realidade de uma ilusão que pode nunca mais curar. Mesmo que ria, mesmo que chore. A inconveniência é, justamente, não constar o prazo de validade. E ele quer cortar o mal pela raiz. Chega de mentiras ou então, que se inflame. E busca, arqueado. E busca, esticado. Busca bêbado. Resmungando. Animado. Sonhando e faminto. Passa os dias a buscar. Às vezes acha que encontra. Depois, duvida. Onde estará ?