(O Silêncio do Trovão)
Pedra que.
Barco quando.
Espuma nascendo do gênio do mar.
Âncora prende o barco
Natureza comporta a pedra
Pergunto-me se a imobilidade existe ou aparenta
Vejo e não distingo se:
Sou mais barco
Ou mais pedra?
Repouso equilibrado
Ou paciente firmeza?
Sei que desejo ser outro - por não saber quem sou
ser água do mar e vento
Se possível for, ao mesmo tempo
Neste instante e já há algumas horas
Atrás da bruma, estou. Após o trovão.
Verde morte, sou
Que a tudo observa e sente
Sou um ponto verde em meio ao mar
Vejo-te no fundo do oceano e na estrela brilhante
A cada instante sou o ponto de Encontro do oito infinito.